A ISTs e DSTs são assuntos considerados tabu e as pessoas deixam de abordar como funciona a prevenção e tratamentos das doenças sexualmente transmissível e infecções sexualmente transmissíveis.
Na prática, porém, não é bem assim. Para você ter uma ideia, dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, a cada dia, são registrados mais de 1 milhão de casos dessas doenças mundo afora. Alguma dúvida de que é urgente investir na prevenção?
A principio, preparamos este conteúdo, justamente, para esclarecer quais são as DSTs (ou, melhor, ISTs) mais comuns e como é possível se prevenir. Acompanhe!
O que são ISTs (as antigas DSTs)?
Como o próprio nome já indica, as ISTs são infecções transmitidas por meio do ato sexual sem proteção, seja devido à troca de fluidos, seja pelo contato com lesões existentes. Elas podem ser causadas por vírus, bactérias, fungos ou protozoários.
As infecções apresentam sintomas variados e nem sempre são de fácil detecção. Infelizmente, a ausência de manifestações e a falta de realização de exames para sua devida identificação podem aumentar o contágio. É fundamental, portanto, adotar uma rotina de atenção em relação às ISTs.
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Quais são os principais sintomas das ISTs?
As ISTs podem ser detectadas a partir de seus diferentes sintomas. Além disso, a pessoa acometida pela doença pode, facilmente, perceber que há alguma alteração da sua saúde genital. Afinal, essas infecções sexualmente transmissíveis são bem incômodas. Alguns sinais são bem notórios. Veja, a seguir!
Coceira
Nem sempre a sensação de coceira na genitália é um sintoma de uma infecção sexualmente transmissível. Porém, pode ser um indício de que há algo errado acontecendo na sua região genital.
Às vezes, a coceira pode ser um sinal de que há a presença de algum fungo ou protozoário infeccionando a suas partes íntimas. Contudo, infecções como a herpes e a clamídia podem causar coceira.
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Presença de feridas
Algumas infecções sexualmente transmissíveis podem causar feridas na região genital e em outras partes do corpo. Portanto, é importante salientar que essa feridas aparecem quando a situação está em um estágio avançando.
Geralmente, as feridas se formam quando o portador da infecção não faz nenhum tipo de tratamento médico. Salvo em casos de herpes genital, que não tem cura e se manifesta em forma de lesões na pele.
Dor no local da lesão
Quando a IST está em uma situação crítica, deixa lesões que causam dor. Então, se você tem alguma lesão que provoca dor, procure um médico imediatamente. Nesse caso, a dor é um recurso que o corpo humano utiliza para alertar que a infecção está em uma situação muito grave.
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Quais as ISTs mais comuns?
1. Aids
Conhecida como Aids, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é causada pelo vírus HIV comprometendo o funcionamento do sistema imunológico. Sua transmissão se dá via relações sexuais desprotegidas, pelo sangue e pelo leite materno.
Muitas vezes, essa infecção não manifesta sintomas. Quando surgem, no início, costumam ser semelhantes aos da gripe, como febre e dor de garganta. Com a evolução do quadro, o paciente pode ter perda de peso, sudorese noturna e infecções recorrentes, devido à baixa imunidade.
Por mais que, infelizmente, ainda não haja cura para essa doença, existem tratamentos capazes de retardar seu progresso e, assim, garantir mais qualidade de vida aos pacientes.
2. Gonorreia
Trata-se de uma infecção causada por bactéria que, se não tiver o tratamento devido, avança para os testículos ou a próstata, nos homens, e para as trompas ou o útero, nas mulheres. A principio, os sintomas masculinos são secreção purulenta, entre dois e dez dias após a relação sexual, dor e ardência ao urinar.
Em contrapartida a detecção nas mulheres, é mais delicada, uma vez que pode ser assintomática. Quando aparece, o sintoma vem em forma de corrimento amarelado e com odor forte. A gonorreia tem cura e o tratamento é feito com antibióticos orais ou injetáveis.
3. HPV
Essa sigla é utilizada para definir mais de 150 vírus, nem sempre apresentam sintomas ou riscos aos pacientes. Na verdade, são cerca de 20 os tipos realmente prejudiciais e que apresentam lesões. Algumas variedades causam manifestações semelhantes a verrugas, em número e tamanhos diversos.
Um dos grandes motivos de atenção em relação a essa doença diz respeito à sua associação com o câncer de pênis e o câncer de colo do útero. Mesmo sem manifestações, portanto, é importante fazer os exames preventivos. O tratamento pode ser feito com ácidos, laser ou, até mesmo, intervenções cirúrgicas, além de antivirais e outros medicamentos.
4. Sífilis
Essa IST é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum. Sua manifestação, normalmente, começa com uma ferida indolor na região genital, no ânus ou na boca, com início entre 20 e 30 dias após a relação sexual.
A lesão pode se curar sozinha em cerca de um mês, dando a impressão de que o problema se foi. Contudo, há uma segunda fase da infecção, que causa irritações ou manchas em diversas partes do corpo, podendo progredir até atingir o sistema nervoso, os olhos ou o coração.
Na gestação, traz consequências graves, como aborto, parto de natimorto ou má-formação fetal. A sífilis tem tratamento, feito com penicilina, sendo recomendado que o paciente não tenha relações sexuais durante o período — principalmente, sem o uso de preservativo.
5. Candidíase
Causada por micose ou fungos, a candidíase apresenta maior incidência em mulheres, jovens ou adultas. A doença pode afetar a vagina, a pele ou a boca — nesse último caso, conhecida como sapinho. A infecção também é comum com a gravidez e com a puberdade, devido ao estresse, bem como em decorrência da diabetes ou após o uso de antibióticos.
O principal sintoma da candidíase vaginal é a presença de um corrimento esbranquiçado, semelhante a queijo coalhado, que causa bastante coceira. No homem, causa coceira no pênis e vermelhidão nas regiões da glande e do prepúcio.
O tratamento é feito com medicamentos antifúngicos, tópicos ou orais, e é importante que ambos os parceiros sejam tratados, mesmo que apenas um deles seja diagnosticado com a doença.
6. Clamídia
Por mais que essa IST atinja pessoas de todas as idades, é mais comum em mulheres jovens. Temos, aqui, mais um caso de dificuldade de diagnóstico (e, consequentemente, de tratamento), já que nem sempre aparecem sintomas ou sinais clínicos. Quando surgem, os principais indícios são dor ao urinar e corrimento semelhante ao aspecto da clara de ovo.
A falta de diagnóstico faz com que a infecção progrida de forma mais profunda, que pode acabar comprometendo a fertilidade, além de causar dores durante as relações e aumentar os riscos de gravidez nas trompas ou de parto prematuro. Para tratar, é recomendado o uso de antibióticos tanto para o paciente quanto para seus parceiros sexuais.
Como se prevenir as ISTs e DSTs?
A principal forma de prevenção é manter relações sexuais com a boa e velha camisinha, mesmo com parceiros fixos. Entretanto, como algumas doenças podem ser transmitidas pelo contato com lesões, e nem sempre o preservativo impede que isso aconteça, é fundamental manter os exames preventivos em dia e ainda solicitá-los a seu parceiro.
Também vale adquirir o hábito de verificar a existência de lesões ou a manifestação visível de qualquer sintoma. Em caso positivo, trate de consultar um médico! Afinal de contas, somente esse profissional poderá diagnosticar corretamente a infecção e repassar o tratamento necessário.
Em relação ao HPV, hoje em dia, existem vacinas que protegem contra os tipos mais frequentes. Elas devem ser administradas em meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 14 anos. Pessoas com HIV ou que foram transplantadas também podem tomar a vacina entre os 9 e os 26 anos.
A conscientização sobre as ISTs e suas formas de prevenção é essencial para evitar a transmissão dessas doenças. Fora isso, é importante realizar consultas e exames frequentemente para, se for o caso, garantir um diagnóstico precoce e iniciar os tratamentos necessários o quanto antes.