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Priapismo: o que é, sintomas, causas e como tratar essa condição urgente

Uma ereção prolongada e dolorosa que surge sem estímulo sexual pode parecer algo incomum — e é mesmo. Esse quadro pode ser sinal de uma condição médica chamada priapismo, que exige atenção imediata.

O priapismo não é apenas desconfortável. Se não tratado a tempo, pode causar danos permanentes ao pênis, afetando diretamente a saúde sexual e a qualidade de vida do homem.

Neste artigo, você vai entender o que é o priapismo, por que ele acontece, quais são os sintomas mais comuns e como é feito o tratamento. Além disso, vamos explicar quando é hora de procurar ajuda médica e por que a avaliação com um especialista é fundamental.

O que é o priapismo?

O priapismo é uma disfunção que provoca uma ereção persistente e dolorosa, que dura mais de quatro horas e ocorre sem estímulo sexual. Ao contrário do que muitos pensam, essa condição não está relacionada ao aumento do desejo, mas sim a uma falha no mecanismo que regula o fluxo de sangue no pênis.

Existem dois tipos principais de priapismo:

  • Priapismo isquêmico (ou de baixo fluxo): é o mais comum e ocorre quando o sangue fica preso nos corpos cavernosos, sem conseguir retornar à circulação. É uma emergência médica.
  • Priapismo não isquêmico (ou de alto fluxo): mais raro, geralmente causado por trauma na região genital ou perineal. Costuma ser menos doloroso e não requer intervenção imediata.

Há ainda um subtipo chamado priapismo intermitente ou recorrente, caracterizado por ereções prolongadas que vão e voltam com o tempo.

Essa condição é rara, mas quando acontece, requer atenção médica rápida para evitar complicações permanentes, como disfunção erétil.

Causas do Priapismo

Existem diferentes causas que podem levar ao desenvolvimento do priapismo. Algumas delas incluem:

As causas do priapismo variam de acordo com o tipo da condição, mas todas envolvem alguma alteração no fluxo sanguíneo do pênis. Veja os principais fatores envolvidos:

1. Distúrbios hematológicos

Doenças como a anemia falciforme e a leucemia são as causas mais comuns em crianças e adolescentes. Elas alteram a viscosidade do sangue, favorecendo a obstrução dos vasos penianos.

2. Uso de medicamentos

Alguns remédios podem desencadear o priapismo como efeito colateral. Entre eles:

3. Uso de drogas recreativas

Substâncias como cocaína, álcool em excesso, maconha e ecstasy estão associadas ao desenvolvimento de priapismo, especialmente o tipo isquêmico.

4. Traumas

Lesões na região genital ou no períneo (área entre o ânus e o escroto) podem levar ao priapismo de alto fluxo, ao danificar artérias e provocar vazamento de sangue no tecido erétil.

5. Outras condições médicas

  • Doenças neurológicas, como lesões medulares;
  • Doenças inflamatórias;
  • Tumores ou metástases na pelve;
  • Complicações após cirurgia na região genital ou urinária.

Em muitos casos, especialmente nos episódios de priapismo recorrente, a causa pode não ser claramente identificada, o que reforça a importância de uma avaliação médica cuidadosa.

Veja também: Testosterona Baixa: Riscos E Como Tratar

Quais os sintomas do priapismo?

O principal sintoma do priapismo é uma ereção prolongada — que dura mais de quatro horas — sem estímulo sexual. No entanto, outros sinais importantes podem variar conforme o tipo da condição:

Sintomas do priapismo isquêmico (mais comum):

  • Ereção rígida e persistente;
  • Dor intensa e crescente no pênis;
  • Corpo do pênis enrijecido, mas com a glande mole;
  • Ausência de desejo sexual ou excitação no momento da ereção.

Sintomas do priapismo não isquêmico:

  • Ereção parcialmente rígida, geralmente indolor;
  • Menor desconforto, podendo passar despercebido por algum tempo;
  • Histórico de trauma recente na região íntima.

Sinais de alerta:

Se a ereção não desaparece em até 4 horas ou se houver dor significativa, é fundamental buscar atendimento médico de urgência. O atraso no tratamento pode levar a danos nos tecidos penianos e resultar em disfunção erétil permanente.

O priapismo tem cura?

Sim, o priapismo tem cura — especialmente quando o tratamento é iniciado de forma rápida e adequada. A recuperação depende do tipo de priapismo, do tempo entre o início dos sintomas e a busca por ajuda médica, e da causa subjacente.

Quanto mais rápido o tratamento, maior a chance de recuperação completa.

No caso do priapismo isquêmico, o risco de sequelas, como disfunção erétil, aumenta significativamente após 6 horas de ereção contínua. Por isso, agir com urgência é fundamental.

Já o priapismo não isquêmico costuma ter evolução mais benigna e, muitas vezes, se resolve sem necessidade de intervenção invasiva. Ainda assim, deve ser avaliado por um especialista.

E o priapismo recorrente?

Quando os episódios são frequentes, o tratamento visa tanto controlar as crises quanto prevenir novas ocorrências. Isso pode envolver uso de medicamentos, ajustes em tratamentos já em curso (como antidepressivos) ou, em alguns casos, cirurgia.

Veja também: Dor nos testículos: Causas e Tratamentos

Tratamentos para o Priapismo

Tratamentos para o Priapismo

O tratamento do priapismo varia conforme o tipo e a gravidade da condição. Em todos os casos, o objetivo é restaurar o fluxo sanguíneo normal no pênis e evitar complicações como a disfunção erétil.

Tratamento do priapismo isquêmico (emergência médica)

Esse tipo exige atendimento imediato. As abordagens mais comuns incluem:

  • Aspiração de sangue: é feita a drenagem do sangue acumulado nos corpos cavernosos, aliviando a pressão e a dor.
  • Injeção de medicamentos: são usados fármacos vasoconstritores (como a fenilefrina) para reduzir o fluxo de sangue e favorecer a normalização da ereção.
  • Cirurgia (shunt peniano): indicada em casos que não respondem aos métodos anteriores. Cria-se uma passagem para o sangue circular e sair do pênis.

Tratamento do priapismo não isquêmico

Costuma ser menos agressivo. Em muitos casos, o médico opta por:

  • Observação clínica;
  • Compressas geladas na região genital;
  • Embolização arterial seletiva (em casos persistentes): técnica minimamente invasiva que bloqueia o fluxo de sangue para o local lesionado.

Tratamento do priapismo recorrente

Envolve a identificação e o controle da causa de base. Pode incluir:

  • Uso de hormônios ou antiandrogênicos;
  • Ajuste de medicações causadoras;
  • Tratamento de doenças hematológicas (como a anemia falciforme);
  • Cirurgias, em casos selecionados.

Independentemente da causa, o acompanhamento com um urologista especializado é essencial para definir o melhor caminho de tratamento e preservar a função sexual do paciente.

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